No dia 18 de agosto, as 10h, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, foi recebido pelo Sr. Comandante da Polícia Militar de Minas Gerais e por mais 03 coronéis envolvidos com a questão das Ocupações Dandara e Camilo Torres, tendo a reunião como pauta a situação da proibição (limitação do pleno exercício do direito de posse) imposta pela PMMG aos ocupantes dos referidos acampamentos, sem haver para tal nenhuma determinação judicial ou amparo legal.
Na prática a PM estaria obstando aos moradores de entrar naqueles locais com material de construção, seja simplesmente para depositá-lo no interior dos acampamentos, seja para fazer qualquer edificação.
Os representantes da PM reafirmaram a prática do cerceamento, e disseram ser uma decisào da cúpula da polícia mineira, e que irá continuar.
Mesmo diante da posiçào da PM, os conselheiros do CONEDH buscaram abrir trincheiras na discussão, através da flexibilização pela criação de um pacto ou acordo, em que fossem elencados os materiais que poderiam ou não entrar nas áreas. Entretanto, todas as tentativas foram em vão perante a irredutibilidade da polícia.
A coordenação da Dandara roga às autoridades competentes que intervenham nesta situaçào inaceitável, posto que as mil famílias ocupantes do terreno estão na posse legítima do terreno até o termo final do litígio judicial, e alertam para os abusos da PM e do Governo do Estado que, declaradamente afrontam a Democracia e a Justiça.
São fatos lamentáveis com estes, que num momento crítico, podem levar a uma escalada de intolerância e violência, que geram conflitos desnecessários e que já deram exemplos do que podem culminar como o recente acontecido no Rio Grande do Sul, aliás um estado governado por uma tirana copartidária de nosso governador.