Foto de criança no início da ocupação Dandara
Depois de várias tentativas frustradas de mães e responsáveis por crianças da Dandara em conseguir uma vaga nas escolas próximas à Ocupação, foi formada uma comissão composta pelas moradoras Ideslaine, Priscila e Sônia, juntamente com Rosário (Conferencia dos Religiosos do Brasil) e Alexandre (Brigadas Populares), para se reunir na Escola Estadual Deputado Manoel Costa com a diretora, Sra. Ana Lúcia.
O objetivo era conversar sobre as crianças da Dandara que estão com dificuldades para encontrar vagas nas escolas próximas à Ocupação.
É muito comum haver resistência das escolas em receber crianças que moram nas ocupações. A comunidade Camilo Torres vivenciou esse mesmo drama. É comum essa postura ser determinada pela própria Prefeitura que cria todo tipo de dificuldade às famílias quanto ao acesso à saúde, educação e assistência de modo geral.
A diretora nos informou o seguinte:
Esta Escola (Dep. Manoel Costa) está sendo projetada para atender só o Ensino Médio (é uma Escola Estadual). Para o Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos) tem vagas e a escola está aberta para acolher a Dandara.
A comissão foi encaminhada à Superintendência de Ensino na Av. Portugal para ver a questão das vagas para o Ensino Fundamental. Lá, foi recebida pela Sra. Mara Lúcia e mais duas companheiras. Foi colocada a atual realidade da Dandara, a dificuldade das mães em conseguir vagas nas escolas do entorno da ocupação.
Tentaram fazer contato com as Regionais Pampulha e Venda Nova e ficaram de oferecer um retorno. A proposta foi de agendar um encontro desta comissão da Dandara, com o pessoal da Regional.
Foi garantido pela Superintendência de Ensino que o problema será resolvido e que nossas crianças não ficarão sem estudar.
A comissão apontou as seguintes possibilidades para que seja atendida a reivindicação:
- Garantir as vagas nas escolas do entorno;
- Pedir à prefeitura para terminar de construir uma escola que está quase pronta (mas parada) na Vila Bispo de Mauro, vizinha da Dandara;
- Construir salas ampliando alguma das escolas do entorno para atender a comunidade Dandara;
- No ultimo caso, até resolver o problema, garantir um ônibus para levar as crianças até a escola onde tiver vaga.
A Superintendente, Sra. Maria Lúcia, pediu à comissão um cadastro de todas as crianças (idade, série, família, etc) dentro destes dois dias. As educadoras Sônia, Ideslaine e Priscila ficaram de fazer juntamente com o apoio dos demais coordenadores e militantes.
É preciso somar forças nessa questão. As aulas estão por começar e as crianças de Dandara não podem continuar sem estudar ou caminhando quilômetros para chegarem até à escola.
Educação, direito de todos, dever do Estado!